Em 2020, vivi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Ser eleito vereador pelo Republicanos em Nossa Senhora do Socorro, com 1.118 votos. Esse resultado não representou apenas números; cada voto carregava o peso da confiança, da esperança e do desejo por mudança. Esse compromisso, firmado com cada cidadão, é algo que levo comigo todos os dias, como guia para minhas ações e decisões.
Lembro-me com clareza do meu primeiro pronunciamento como vereador, em que disse: “Não são cargos que honram homens, mas são homens que honram cargos.” Essas palavras não foram escolhidas ao acaso. Sempre acreditei que o verdadeiro mérito de ocupar um cargo público está na maneira como o exercemos, na ética, na dedicação e na responsabilidade de servir ao povo.
Logo no início do mandato, fui honrado com a importante missão de atuar como corregedor da Câmara Municipal. Não encaro essa função apenas como uma tarefa administrativa, mas como uma oportunidade de assegurar que cada ação tomada aqui tenha um impacto positivo na vida de quem representamos.
Além disso, recebi um convite desafiador e, ao mesmo tempo, gratificante: representar o Executivo na Câmara. Nesse papel, atuo como ponte entre os dois poderes, analisando e defendendo propostas favoráveis ao bem-estar coletivo. Essa posição exige diálogo, empatia e, acima de tudo, comprometimento com o que é certo e justo.
Logo no início do nosso mandato, percebi que algumas causas não apenas pedem nossa atenção, mas clamam por todo o nosso coração. Foi assim que tomei a decisão de criar e presidir a Comissão em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Para mim, essa é a realização de um sonho, uma missão que me inspira todos os dias. Sempre acreditei que cuidar das nossas crianças e adolescentes é cuidar do futuro. Proteção infantil não é apenas uma bandeira para mim, é um propósito de vida.
Quando olho para as dificuldades que tantas crianças enfrentam — desde a falta de oportunidades até situações de abandono e violência — sinto que não posso me acomodar. É um chamado, uma responsabilidade que me impulsiona a agir, a ser uma voz ativa em defesa delas. Sei que muitas vezes elas não têm quem lute por elas, e é por isso que decidi fazer dessa causa o centro do meu trabalho.
De agora em diante, decidi que a maior parte dos meus projetos e ações será voltada a essa causa. Tenho trabalhado em iniciativas que priorizam a educação, a proteção contra a violência, batalhando por recursos, criando espaços onde as crianças possam brincar e aprender com segurança, e dando suporte para que nossas escolas sejam verdadeiros lares de acolhimento.
Essa luta não é fácil, mas é o que me dá força. Cada sorriso de uma criança, cada história de superação, cada passo que damos para mudar a realidade me mostra que vale a pena. E eu não vou parar enquanto não tiver feito tudo o que estiver ao meu alcance para garantir a elas o futuro que merecem.
Não acredito que se pode representar verdadeiramente o povo sem ouvir, ver e sentir o que ele vive. Por isso, desde o início do meu mandato, fiz questão de estar presente, de visitar cada canto de Socorro e de enxergar com meus próprios olhos as condições das nossas unidades de serviço público.
Realizei vistorias importantíssimas, entrando em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), escolas municipais, conselhos tutelares, CRAS, CREAS e CAPS. Cada uma delas foi feita com o objetivo de entender profundamente a situação estrutural, os equipamentos disponíveis e os serviços oferecidos. Eu queria saber como os recursos estavam sendo aplicados e, principalmente, como isso impactava a vida das pessoas que dependem desses serviços.
A realidade que encontrei em muitos lugares foi desafiadora. Identifiquei problemas que precisavam de atenção urgente, conversei com funcionários que relataram as dificuldades diárias , ouvi mães preocupadas com a qualidade do atendimento nas escolas e nas unidades de saúde. Cada história, cada detalhe, ficou registrado em relatórios minuciosos que elaborei com muita seriedade.
Esses relatórios foram protocolados no controle interno e nas secretarias competentes, onde cobrei respostas e ações concretas.
Essas vistorias me ensinaram muito sobre o quanto ainda precisamos avançar, mas também me mostraram a força e a resiliência dos profissionais que, mesmo diante de tantas dificuldades, continuam dedicando suas vidas ao serviço público. É por essas pessoas e por aqueles que dependem desses serviços que sigo trabalhando, cobrando e buscando soluções.
É fácil ficar preso à rotina da Câmara Municipal e perder o contato com a realidade das ruas, mas esse nunca foi o meu estilo. Rapidamente já iniciamos o “Gabinete do Bairro”, um projeto que me enche de orgulho e que transformou a forma como me relaciono com o povo socorrense.
A ideia era simples, mas poderosa: levar todo o meu gabinete para as ruas. Montamos uma estrutura com profissionais capacitados, preparados para atender as pessoas com atenção e respeito, e fomos diretamente aos bairros. Não queríamos esperar que o povo viesse até nós; nós fomos até eles.
A cada conversa, entendíamos melhor os desafios que as pessoas enfrentam: problemas com saneamento básico, ruas que precisam de melhorias, demandas por saúde e educação, questões ligadas à segurança pública.
Não era apenas sobre ouvir, mas sobre agir. Cada demanda registrada foi catalogada, analisada e encaminhada para os setores responsáveis. Muitos problemas puderam ser resolvidos rapidamente, enquanto outros nos desafiaram a buscar soluções mais complexas. Mas o importante era mostrar que o povo não estava sozinho, que suas vozes eram ouvidas e respeitadas.
Por muitos anos, enfrentamos um problema que parecia pequeno, mas afetava a vida de todos: tínhamos apenas um único CEP para todo o município. Esse detalhe, que à primeira vista pode parecer simples, gerava desafios enormes para o funcionamento de serviços essenciais, como correspondências, entregas, e até para o desenvolvimento econômico da cidade.
Imagine a confusão. Empresas de entrega e serviços públicos enfrentavam dificuldades para localizar endereços específicos. Moradores sofriam com atrasos em suas correspondências e problemas no acesso a serviços que dependiam de endereços bem definidos. Essa limitação representava mais uma barreira que desanimava a expansão dos negócios na nossa cidade. Isso precisava mudar.
Foi então que descobri que havia um projeto que estava parado na Câmara Municipal. Não pensei duas vezes. Através de um requerimento de nossa autoria, conseguimos desarquivar o projeto e colocá-lo novamente em pauta.
Com muita dedicação e diálogo, articulamos junto aos colegas vereadores e às autoridades competentes para garantir que o projeto fosse discutido e aprovado, porque sabíamos o impacto positivo que isso traria para cada bairro, cada rua, e cada morador de Socorro.
Hoje, posso dizer com orgulho que nosso município conta com CEP por rua! Agora, as entregas chegam com mais precisão, os serviços funcionam com mais eficiência, e nosso município dá um importante passo rumo à modernização e organização que tanto precisamos.
Socorro sempre teve um potencial incrível e um dos aspectos que mais me chamou atenção foi o turismo. Sempre vi que nossa cidade é rica em belezas naturais, mas percebia que esse potencial não era totalmente valorizado.
Com isso em mente, comecei a construir um diálogo constante com o secretário de turismo. Meu objetivo era claro: unir forças para mudar essa realidade.
Organizamos reuniões, trocamos ideias e discutimos possibilidades para resgatar e impulsionar o turismo local. Mas, para que isso desse certo, precisávamos de algo mais do que boas intenções. Era necessário agir com planejamento, estratégia e um olhar atento para as oportunidades.
Elaboramos relatórios detalhados, analisando a infraestrutura, as condições de acesso, os recursos disponíveis e as melhorias necessárias para cada local.
Entre os locais que priorizamos estavam a Prainha do Porto Grande, a Orlinha do São Brás, a Igreja Matriz na Sede de Socorro, a Praia da Piabetinha e a Floresta do Ibura.
Cada um desses lugares tem algo único a oferecer, e é nosso dever como gestores públicos garantir que eles sejam vistos, respeitados e potencializados. Esses projetos não são apenas sobre infraestrutura, mas sobre criar empregos, incentivando o empreendedorismo local e promovendo o orgulho de ser de Socorro.
Uma das responsabilidades que carrego com muito orgulho é a de buscar soluções reais para os desafios que nossa cidade enfrenta, e isso muitas vezes significa ir além dos limites do município. Assim, viajei a Brasília, determinado a abrir portas e construir pontes para Socorro. Lá, tive a honra de me reunir com a então Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em um encontro que marcou mais um passo importante na busca por melhorias para nossa cidade.
A pauta da reunião foi extensa, mas extremamente necessária. Conversamos sobre a necessidade de fortalecer a estrutura organizacional do nosso município, com foco em áreas fundamentais como o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS). Também discutimos formas de aprimorar programas essenciais como o Bolsa Família, garantindo que ele continue cumprindo seu papel de transformar vidas e oferecer dignidade às famílias que mais precisam.
Mas, além da parte técnica e estrutural, esse encontro teve um peso humano muito forte. Firmamos uma aliança estratégica em defesa das nossas crianças e adolescentes, reafirmando o compromisso de lutar por seus direitos e protegê-los de todas as formas de violência. Também discutimos políticas e ações para apoiar e acolher mulheres que sofrem agressões físicas e verbais, bem como aquelas que são vítimas de abuso sexual.
Voltei de Brasília com a sensação de dever cumprido, mas também com uma bagagem cheia de ideias, parcerias e compromissos. Reafirmei que meu mandato não tem fronteiras quando se trata de buscar o melhor para Socorro.
O trânsito é uma questão que impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Quem nunca perdeu tempo valioso em um engarrafamento na ponte entre o Porto Dantas e o Marcos Freire 2?
Com essa preocupação em mente, analisamos o problema a fundo, ouvindo os moradores e estudando o trânsito da região. Percebemos que dois fatores contribuíam significativamente para os congestionamentos: os quebra-molas na pista e o retorno aberto para o bairro São Brás. Esses elementos, que deveriam garantir segurança, estavam, na verdade, dificultando a mobilidade, geramdp atrasos para quem precisava passar por ali todos os dias.
Com base nessa análise, fizemos uma indicação para a retirada dos quebra-molas na pista e o fechamento do retorno de acesso ao bairro, e deu certo. As mudanças foram implementadas, e o resultado foi imediato: uma melhora expressiva na fluidez do trânsito. Os engarrafamentos que antes eram rotina desapareceram, e os motoristas agora conseguem passar pela área com mais rapidez e segurança.
Essa conquista não é apenas uma vitória para a mobilidade urbana; é uma prova de que, com diálogo, planejamento e ações concretas, conseguimos melhorar a vida dos socorrenses. Ver as pessoas passando pela área sem enfrentar o estresse dos congestionamentos é uma recompensa enorme e reforça o quanto vale a pena lutar por melhorias que realmente façam a diferença.
Uma das maiores emoções da minha trajetória política aconteceu quando recebi o título de Cidadão Sergipano! Esse reconhecimento foi um momento que tocou profundamente meu coração, pois ele não é apenas sobre mim, mas sobre todas as pessoas que caminharam comigo, que acreditaram nas minhas ações e que, juntos, conseguimos construir um caminho de transformação para nossa cidade.
O autor da propositura foi o Deputado Dr. Samuel Carvalho, que, com grande generosidade, me fez essa homenagem e receber essa homenagem dele foi como um reflexo do quanto conseguimos avançar juntos. Cada projeto, cada iniciativa, cada gesto foi uma contribuição para que hoje eu tivesse o privilégio de receber esse reconhecimento.
Ele é um símbolo de que, apesar dos desafios, é possível fazer a diferença quando o trabalho é feito com dedicação, respeito e compromisso com as pessoas. Cada um que me confiou seu voto, cada um que participou das nossas ações e conversas, cada um que compartilhou suas ideias e preocupações, todos são parte dessa conquista.
Ser reconhecido como Cidadão Sergipano é um título que guardo com muito carinho e humildade. Mas, acima de tudo, é um compromisso renovado de continuar servindo a Nossa Senhora do Socorro e a todos os sergipanos com o mesmo zelo, dedicação e amor com os quais sempre tratei meu trabalho.
